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Hiperplasia prostática benigna

A hiperplasia prostática benigna (hpb) é uma condição bastante comum em homens acima dos 45 anos. Ela corresponde ao aumento da próstata, uma glândula que está logo abaixo da bexiga e por onde passa a uretra, canal pelo qual se dá a micção. Com o aumento da próstata, a uretra pode sofrer obstrução e causar os sintomas miccionais típicos da hpb: aumento da urgência em urinar e da frequência urinária (vai muitas vezes ao banheiro em um dia pois não consegue segurar), aumento da frequência miccional noturna, jato urinário enfraquecido, hesitação e dificuldade em começar ou manter a micção contínua, jato urinário entrecortado, sensação de resíduo urinário após a micção, entre outros. em casos avançados, o paciente pode evoluir com obstrução urinária e ter de ser submetido a passagem de uma sonda urinária – de demora ou de alívio – para aliviar os sintomas.

Estes sintomas podem ser leves, moderados ou graves. Por vezes, quando moderados ou graves, diminuem substancialmente a qualidade de vida do homem. muitas vezes são confundidos com um “fardo da idade” e tratados como uma condição sem remédio.

Durante a entrevista em consultório, a intensidade dos sintomas é averiguada. Após o exame físico, alguns exames de imagem e exames laboratoriais são solicitados para definir o método de tratamento.

A depender do tamanho da próstata e da intensidade de sintomas, o tratamento será instituído.

O tratamento medicamentoso isolado ou a combinação de remédios é a opção para os casos menos intensos e de próstatas menores.

Na falha do tratamento medicamentoso ou em casos avançados, o tratamento cirúrgico passa a ser uma opção. Dentro do grande leque de opções cirúrgicas, destaca-se a opção minimamente invasiva da ressecção transuretral da próstata – rtu de próstata, onde é feita uma “raspagem” do tecido prostático aumentado com a finalidade de desobstruir a uretra. É a opção padrão ouro de tratamento para a hpb.

Nos casos de próstatas muito aumentadas, a rtu de próstata pode ter de ser realizada com o auxílio da fonte de energia de plasma, a fim de minimizar complicações intra-operatórias.

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Em casos de próstatas gigantes, a cirurgia aberta foi sempre a abordagem preferencial, com bons resultados. Porém, esta abordagem tem perdido espaço para a prostatectomia transvesical laparoscópica.

Há, contudo, de se ponderar o diagnóstico tardio no sucesso da desobstrução da uretra. Como a obstrução da uretra acaba sobrecarregando a função da bexiga urinária, o tempo no qual o paciente apresenta sintomas pode desencadear sequelas definitivas na contração da bexiga e incapacidade de recuperar a micção espontânea na sua totalidade. Por isto, é aconselhável que, ao primeiro sintoma urinário de desconforto, o paciente vá ao urologista para uma avaliação.

A dificuldade miccional depois de certa idade não deve ser encarada como uma consequência sem volta do envelhecimento. Dentro do possível, a dificuldade miccional deve ser tratada para evitar perda da qualidade de vida.